– E assim nasce o mito:
o mito dos treze
o mito dos sete
o mito dos nove
noves fora, zero.
– E assim nasce o mito:
Com ele, a expiação/purgação,
culpa/reparação.
– É preciso expiar,
É preciso reviver,
É preciso pagar.
– Os anos passam…
Os dias correm…
– Vem Electra,
que veio por Clitemnestra,
e esta só pôde vir por Agamenão e ela.
– Vem Orestes, que se junta a Electra,
que vingam na mãe,
o ódio do pai.
– Está formado o triângulo:
Edipiano/Orestiano/Matrícídio.
Triângulo suicídio.
– Como estes existem tantos!
Tanto quanto forem os mitos,
emoções
parricídio/paixões.
– Nasce a tragédia
por causa triângulo,
outra ponta do triângulo,
“Então é retângulo”! dirão vocês!
É o retângulo grego:
Morte/vingança/culpa/reparação!
– Com isso a roda vai…
vai passando,
vai levando,
vai trazendo,
analisando!
– Vem Narciso, vem Electra,
que traz Teseu,
que puxa Édipo.
Está pronta a equação:
a figura está formada:
são quatro lados
são quatro ângulos
só falta a solução!
– Solução purgação
solução mágico-trágica
solução superstição!
– Quantos mitos há por aí?
espantalho na horta,
espelho quebrado,
sapato virado,
figa na porta,
cuidado: é mau olhado!
– A tentativa,
ainda que furtiva,
pode ser vã…
– Não contém solução…
nem superstição…
mas está no divã!
Noves fora, menos um.